O Cristo Redentor reina soberano com olhar atento aos povos que o visitam

Se o Rio de Janeiro está completando 450 anos, o Cristo Redentor – no cimo do morro do Corcovado, nos seus 710 metros acima do nível do mar – é aquele que recebe mais visitantes nessas comemorações, comprovando a escolha daquele ponto turístico brasileiro como uma das sete maravilhas do mundo. Sem dúvida, é a primeira maravilha. Eu, pelo menos não sei de outra mais signficativa. Não é por acaso. A grandiosa estátua de 30 metros de altura, num pedestal de mais oito metros, pesa 1.145 toneladas que apesar desse peso todo tem muita leveza, suavidade, ternura mesmo. Inaugurada em 12 de outubro de 1931, dia em que a comunidade católica brasileira comemora sua Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, o Cristo Redentor com seus braços abertos e olhar terno e atento, parece que também quer ajudar na proteção de todos. E a vista, lá de cima, é daquelas de tirar o fôlego, tal a beleza.

Cristo Redentor

Cristo Redentor

Esses atributos certamente contaram na avaliação que do TripAdvisor, maior site de viagens do mundo, ao anunciar que o Cristo Redentor foi eleito a melhor atração turística do Brasil e o 9º ponto turístico mais bem avaliado em todo o mundo. O resultado do “Travelers’ Choice Atrações”, prêmio anual baseado nas avaliações e comentários de seus usuários foi divulgado no dia dois de junho de 2015. Para os cariocas e para os que sabem reconhecer uma atração de muita grandeza em todos os aspectos (me incluo nesse grupo), a notícia não poderia ser melhor: Ao todo, foram eleitos 700 premiados, incluindo rankings para a África, Asia, Caribe, Europa, América do Sul, Pacífico Sul, Reino Unido e Estados Unidos. O prêmio é baseado em milhões de avaliações e comentários feitos pelos usuários do site.

Multidão no Cristo Redentor

Multidão de turistas no Cristo Redentor

Fotografia com esforço

Vale a pena o esforço para a melhor imagem

No alto, a cabeça de Jesus Cristo com suas 30 toneladas parece olhar para toda a Baia de Guanabara e para cada visitante. Deve ser por este motivo que pessoas que nunca praticaram qualquer esporte se transformam em contorcionistas, atirados no chão, encostados em muros, e mesmo numa perna só, tentam de todas as formas a melhor imagem, o mais certeiro “selfie” Claro, a melhor imagem do monumento com esse novo atleta. Vale tudo, até mesmo se escorar em grupos postados para fotos, aqueles mas sérios, tipo asiáticos, que não entendem imediatamente o que está ocorrendo, mas que aprendem a lição e fazem, entre o grupo, o mesmo modelo.

Pão-de-açúcar visto desde o Cristo Redentor

Pão-de-açúcar visto desde o Cristo Redentor

Lagoa Rodrigo de Freitas Cristo Redentor

Lagoa Rodrigo de Freitas, vista do Corcovado

E, pelos apupos, com sucesso. Aliás, ali no Cristo Redentor, e isso já desde o Bondinho ou nas vans que saem de três pontos lá de baixo, já se nota a internacionalidade dos visitantes. Pessoas de todo o Brasil, com seus sotaques diferencidos, disputam lugar com asiáticos, europeus, africanos, norte e sulamericanos. Conforme declarações de um segurança, que passa seus dias ali “todos dias felizes”, diz ele, nos últimos anos muitos indianos e coreanos tem ido visitar o Cristo Redentor. “A gente nota uma fala diferente e sempre procuro perguntar para os colegas que conhecem outras línguas para saber de onde são. O Inglês a gente já conhece melhor, assim como o Italinano, Francês e os castelhanos”, afirma.

Vista do Cristo Redentor das escadarias

Vista do Cristo Redentor das escadarias

A visita ao Cristo Redentor é daqueles de ser renovada a cada ida ao Rio de Janeiro. Alguns dias – geralmente nos períodos de férias em outros países e nos finais de semana – a visitação é intensa. O ideal, para poder curtir melhor é a visita num dia últil, com menos público e mais espaço para curtir melhor o monumento cuja singeleza teria – conforme um pesquisador de curiosidades sobre o Cristo, que se intitula Rick Ipanema – feito com que um dos arquitetos daquela magnífica obra, se dedicasse ao cristianismo. Seria – confirme Rick – um judeu convertido, tal a emoção de ver ou sentir, a grandeza do feito. É grandeza pra ninguém botar defeito.

Passarela no Cristo Redentor

Passarelas no Cristo Redentor

Autódromo de Jacarépagua desde o Cristo Redentor

Autódromo de Jacarépagua desde o Cristo Redentor

Afinal, quem construiu o Cristo Redentor? Em 1850, um padre católico teve a ideia de colocar um monumento cristão no Corcovado para homenagear a Princesa Isabel, regente do Brasil e filha do Imperador Pedro II (dados da Wikipédia). Com a República, a ideia foi descartada, mas não sepultada. Tanto que em 1920, o Círculo Católico do Rio de Janeiro retomou as tratativas que culminaram com a escolha de um projeto e a busca de doações de católicos brasileiros em geral. As obras foram conduzidas e pagas pela Arquidiocese de São Sebastião (padroeiro do RJ), que administra o local e tem, portanto, direitos e obrigações sobre o local, tanto que o seu site oficial é encimado pela imagem do Cristo. O engenheiro Heitor da Silva Costa projetou a estátua, que foi esculpida por Paul Landowski.

Fotos de souvenir são constantes Cristo Redentor

Fotos de souvenir são constantes

Acesso ao Cristo Redentor tem várias opções

A visita ao Cristo Redentor pode ser feita de trenzinho, uma passeio belíssimo pela reserva da Tijuca, ou de vãs, que também tem uma rota muito linda. Nos dois casos é possível adquirir os bilhetes para a viagem e ingresso ao local, via internet. No caso do trem, a saída já é num local famoso: O Largo do Machado. Dali o trem sobe até os pés do morro Corcovado, numa linha que foi inagurada pelo Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1884, portanto muitos anos antes da chegada da imagem do Cristo Redentor. Todo material usado na gigantesca obra, foi transportado pela linha de trem que a Família Imperial mandou construir. A história conta que muitos famosos já subiram ao Cristo Redentor via trem, entre esses os papas Pio XII e João Paulo II. Além da Princesa Isabel, esta somente na linha do trem, a princesa de Gales, Diana, foi outra integrante da realeza a curtir essa viagem.

Largo do Machado

Igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado

Mas quem prefere ir de van, também um passeio lindo pela floresta da Tijuca, as saídas são no Largo do Machado, bem em frente da Igreja de Nossa Senhora da Glória. O Largo do Machado tem sua própria história, com uma paisagem que passou pelo planejamento do grande arquiteto e paisagista Burle Marx. A chegada a este ponto, onde existe um ponto de venda para a viagem de 20 minutos, pode ser pelo metrô, com descida na estação do mesmo nome. Mas sempre é bom perguntar o meio mais fácil de chegar ao local, já no hotel ou local onde esteja hospedado.

Passarela do Cristo Redentor

Passarela do Cristo Redentor

Tem, ainda, saídas de Copacabana, na Praça do Lido, Avenida Atlântica e da Estrada das Paineiras, em Santa Teresa, em frente ao antigo hotel Paineiras. Mais informações como valores, que dependem da alta e baixa temporada, da idade, podem ser buscadas nos endereços:

www.paineirascorcovado.com.br,

http://www.corcovado.com.br/,

http://www.rio.rj.gov.br/riotur,

http://arquidiocese.com.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

admin

Jornalista profissional, trabalhou nos principais jornais de Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Prestou assessoria às entidades ABAV, Sindetur, Sindicato de Hotéis no RS e à Confederação das Organizações de Turismo da América Latina (Cotal). Atualmente atua com assessoria de imprensa na Assembleia Legislativa.

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