A praia do Rosa, a terra, ou o mar catarinense da Baleia Franca, é só encantos. Distante 90 quilômetros de Florianópolis e 380 de Porto Alegre, a enseada da praia do Rosa, que contempla a praia Norte, Central e Sul, já foi declarada como uma das mais lindas do mundo. No Brasil, a linda baía é da 10ª mais linda, na avaliação de especialistas em praias lindas. O mais sensacional naquele cenário de cinema, é a localização que compreende desde Garopaba, até Imbituba, trecho cuja geografia se esmerou, como se o Criador desejasse um pouco de descanso e muito prazer. Criou, então, morros, pequenas montanhas, enseadas, praias mais mansas, de boas ondas para esportes radicais, pequenas ilhas, lagoas, algumas grandes como a de Ibiraquera, outras menores, mas não menos atraentes, como a do Meio, no Rosa, além de dunas de areias muito finas, e pedreiras.  Em meio a tudo isso, alguns sambaquis, lembrando um passado de glória dos índios Carijós que – segundo o escritor Jose Bessen, no livro São Joaquim de Garopaba, Recordações da Freguesia – tinham por ideal de vida “muita alegria e pouco trabalho”.

Se tudo isso não bastasse, nos meses de inverno e na primavera, de julho a novembro, as baleias francas são a principal atração, pois saem da Antártida e rumam àquele trecho de mar de Santa Catarina em busca de águas mais protegidas, quentes, para namorar, ter e amamentar as suas crias. Nos séculos XVII, XVIII e até meados do século XIX esses cetáceos imensos e graciosos eram caçados exatamente naquele local, para o uso de sua graxa na iluminação. Para se ter uma ideia da matança, a última baleia morta em Imbituba foi em 1973. Depois disso, ninguém mais viu uma única baleia Franca naqueles mares, até 1980, quando pescadores espalharam a notícia de que tinham feito avistagens. Sabendo do disque-disque, um grupo de jovens idealistas, ambientalistas, entraram em ação num projeto de conscientização sobre a importância de se preservar as baleias. Houve muita briga. Mas deu certo, pois nos dias atuais esses mamíferos são reverenciados, graças ao trabalho do Instituto Baleia Franca, criado em 2009, e contam com uma Área de Proteção Ambiental (APA), que começa no sul de Florianópolis e termina na praia do Rincão. Essa APA é resultando de movimentos de proteção e respeito às baleias que começou a ganhar forma com o trabalho de um gaúcho, o ambientalista José Truda Pallazzo Júnior. O trabalho de Truda, apoiado por outros ambientalistas, inspirou vários empresários da área de turismo na praia do Rosa. Um dos estabelecimentos pioneiros em hotelaria, a Fazenda Verde do Rosa, chegou a construir um observatório próximo da praia, junto a Lagoa Central do Rosa, para propiciar aos hóspedes a visualização sem perturbar as baleias e seus filhotes.

Mas a magnifica região não vive só da Baleia Franca. No verão, as suas praias, cada qual mais paradisíaca, ficam repletas de turistas de todos os recantos.  O esporte principal ali no Rosa e região é o Surf. Na década de 70, um grupo de jovens gaúchos que apreciavam o surf se mudaram para a Praia do Rosa e em pouco tempo, surfistas de todo o mundo estavam ali. Tanto que, nos dias atuais, ali são disputados campeonatos de Surf, kitesurf wave e windsurf wave e tantos outros, todas as modalidades com direito a campeonatos muito disputados. Essa política de usar aquelas águas e ondas magníficas para esportes mexeu com a economia. Uma das mais importantes indústrias de roupas e equipamentos para surf foi criada em Garopaba, a Mormaii. Um jovem médico gaúcho, surfista de “primeira e muitas ondas”, Marco Aurélio Raymundo, O Morongo, foi o criador deste império que nos dias atuais fabrica desde grifes de roupas especiais, pranchas, até simples tiaras para os cabelos da turma.

Ao lado dessa indústria, a região toda – desde Garopaba até Imbituba – cresceu e está preparada para a demanda de turistas de todo ano. Alguns vão para ver a pesca da tainha, que começa em maio e vai até julho. Podem ficar em Garopaba, na Ferrugem, em Siriú, ou no Rosa, na praia de Ibiraquera, enfim, por ali mesmo. Ou dar chegada até a capital catarinense, a belíssima Florianópolis, de barco ou pela BR 101, um trecho de 90 quilômetros.

Muitas trilhas ecológicas fazem a alegria dos que amam caminhadas ou bicicletas em ambientes íngremes. Tem trilhas famosas como a Trilha do Caminho do Rei, a do Trilha do Mudo, da Praia Vermelha, do Silveira, da Pedra Branca, da Lagoa Encantada, Siriú, Cachoeira dado Macacú e outras. Os mais arrojados seguem pela beira da Lagoa de Ibiraquera rumo ao mar, buscando saídas, entradas e formas de aventurar-se cada vez mais. Uma coisa é certa, cada pedacinho desses é um trecho de paraíso. A observação de aves é comum na região. Não esquecer que uma visita ao Museu da Baleia, em Imbituba, é importante.

Uma rede hoteleira com pequenas pousadas, quartos de aluguel em casas de famílias, pousadas de alto luxo, com renome internacional, hotéis e tantos outros atendem os gostos e bolsos de todos os padrões. No verão, entretanto, é a época em que a região lota, acontecendo o mesmo com a hotelaria e ampla e a sofisticada rede de restaurantes.

A Fazenda Verde do Rosa:

As alternativas de hospedagens são muitas. Um dos mais tradicionais estabelecimentos é a Pousada Fazenda do Rosa, comandada pela empresária Regina Haleva e seus filhos Paulo, Marília Gabriela e Pedro Haleva Agrifóglio. A Pousada www.fazendaverdedorosa.com.br, nasceu “do sonho de uma família de viver em contato íntimo com a natureza”, conforme anuncia no seu site, oferece um diferencial aos hóspedes. São apenas 14 as habitações, cabanas, classificadas em Top e de Praia. Tem condições para acomodar quatro ou seis pessoas. Todas as cabanas têm vista para o mar, e ficam no amplo e colorido jardim.

Uma caminhada em meio ao jardim leva a praia, onde além das águas límpidas e areias macias, conta com restaurantes que atendem as muitas necessidades dos visitantes e hóspedes. Uma escola de Surf, do Capitão David, fica nas dependências da Pousada e é parceira da Fazenda, oferecendo aulas aos interessados. A Gurizada sempre aproveita para aprender o esporte nacional do Rosa: O Surf. É interessante lembrar que na ampla área da Pousada Fazenda Verde acontece a Virada Mágica, um réveillon que reúne mais de três mil pessoas na Praia do Rosa. Conta com uma super. estrutura, atrações circenses e DJs de renome. Este ano, na Virada 2015/16, a Virada Mágica terá o selo Eco Edition, tendo adotado diversas medidas para minimizar os possíveis impactos gerados pelo evento, em âmbito local e global. Serão utilizados copos retornáveis do Meucopo Eco. Os participantes poderão ir trocando o copo por limpos e inclusive ficar de lembrança da festa.

Estivemos no Hotel Fazenda Verde do Rosa no final de outubro de 2015, com muita chuva. Ainda assim, foi possível bons passeios, observação de aves e uma curtida na rede de restaurantes dali e de Garopaba. O conforto da Cabana Top, com vista deslumbrante e muito bem equipada, aliada a um excelente café da manhã servido no salão, junto à sede, são lembranças inesquecíveis.

www.fazendaverdedorosa.com.br

www.imbituba.sc.gov.br