Ivoti – A cidade das flores
No mês de outubro o município de Ivoti – a cidade das flores no Rio Grande do Sul – aproveita para promover a Feira das Flores. Na verdade ali existem flores durante todo o ano, seja na parte alemã da cidade ou na japonesa. A comunidade já sabe qual planta floresce em cada época do ano, e, por este motivo, cada canteiro ou arbusto em jardim fechado ou nas praças públicas, é mais colorido que outro. Os cuidados com o embelezamewnto chegou ao ponto de desenvolver uma indústria de cores, cheiros e muita alegria: são dez produtores que vivem exclusivamente em função das flores, seus aromas, suas cores e beleza.
Distante apenas 70 quilômetros da capital gaúcha, para quem segue pela BR-116, a pequena mas muito aprazível cidade tem tudo o que um visitante precisa: muito limpa, um povo hospitaleiro, bons bares e restaurantes. Meios de hospedagem simples, mas com qualidade, em especial na área rural. A história de Ivoti, que integra a Rota Romântica, vem de 1826, quando os alemães chegavam ao RS. Quando receberam a área, mata fechada, muitos arroios e corredeiras, escarpas com fortes declives, os alenães concluíram que estavam no “Teufelsloch” ou Buraco do Diabo. O certo é que com muito trabalho, esses abnegados sobreviveram, a ponto de, nos dias atuais, terem criado a Rota Turística Colonail Teufesloch! Venceram o mal.
O roteiro é especial. Começa na Ponte do Imperador, sobre o Arroio Feitoria. Ali, um núcleo de casas estilo enxaimel conta a historia de como tudo começou. Tem a casa do artesão, onde é possível adquirir lembrancinhas diversas em diversos padrões, o Museu Claudio Oscar Becker e um grupo de casas para a venda de cucas, doces, roscas, mel schimier e outros artigos coloniais, sempre no segundo e último final de semana de todos os meses. Esse mesmo roteiro adentra na zona rural e leva até a cachacaria Weber Haus, a Casa Amarela, onde o visitante pode agendar um “Früstück”, pique-nique ou, ainda, almoçar na Sociedade Teuto-Brasileira de Nova Vila.
Conforme a história, foi para promover o escoamento da produção agrícola que o Imperador Dom Pedro II fez uma doação de parte dos 75 contos de Réis para a construção da Ponte que leva seu nome. Isso ocorreu entre os anos de 1857 e 1864. Construída no estilo romano, a ponte tem 148 metros de comprimento e largura que varia de 7,7 a 14,2 metros. Construída em pedra grés empilhada e encaixada com uso de cimento apenas nas colunas que ficam dentro da água e três grandes arcos por onde passam as águas. Foi declarada patrimônio histórico nacional em 1986, quando foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Localiza-se a 1 km do Centro da cidade.
Na cidade alta, que surgiu depois de uns 30 anos após a chegada dos primeiros moradores, muitos subiram o morro – onde ainda resta uma escadaria de pedra com muitos degraus e grande declive. No topo – que fica na praça ao lado da Igreja Matriz de São Pedro, inaugurada em 1857 – uma linda vista e até mesmo um observatório ajuda. A antiga igreja é um prédio que foi tombado como patrimônio histórico, e que já sofreu vários incêndios, o primeiro deles em 1924. Na atualidade, está ainda chamuscada, porque a restauração anda lentamente.