Pedra do Ingá – Paraíba – Um registro pré-histórico
Uma pedra, na verdade um grande bloco deitado sobre o rio Bacamarte no Cariri da Paraíba, a Pedra do Ingá, um monumento arqueológico tombado como patrimônio nacional desde 1944, é um mistério ainda para muitos estudiosos. O certo é que ela está lá, na cidade de Ingá, próximo de Campina Grande e distante cerca de 100 quilômetros de João Pessoa (PB) como que deitada, mostrando uma das suas paredes repleta de uma escrita e símbolos que tem desafiado pesquisadores de todo o pais, e atraído a atenção de turistas que apreciam, além das belas praias do nordeste brasileiro, também os eventos que a natureza ou os pré-históricos deixaram como ensinamentos ou mensagens. Os arqueólogos classificam a Pedra do Ingá como “Itacoatiara”- que em tupi significa “pedras pintadas”, embora as inscrições estejam esculpidas em baixo relevo e não pintadas, onde no bloco rochoso principal, com 24 metros de comprimento e quase 4 metros de altura O Sítio arqueológico rochoso tem dezenas de inscrições e fica no leito do Rio Bacamarte, num vale, entre montanhas porque ali nesse trecho da Paraíba existem várias Montanhas. Na mesma região, um dos montes muito alto permite que se tenha uma vista deslumbrante do espaço. Nele, muitas pedras parecidas com a do Ingá, e no entorno muitas peças de utensílios de antigas civilizações foram encontradas.
Um Pequeno, mas promissor Museu de História Natural, criado em 1996 na entrada do sítio, permite ao visitante saber não só do que foi encontrado ali. No acervo, figuram fósseis de animais extintos há mais de 10 mil anos. Alguns desses fósseis – animais da fauna pleistocênica da região de Ingá e instrumentos de pedra polida – foram descobertos pela própria fundadora do museu, a historiadora e paleontóloga Mali Trevas. Há também peças vindas do litoral, como ossada de baleia, moluscos fossilizados coisas de mais de 200 milhões de anos. Também alguns quadros representam tribos indígenas que ali viveram antes da colonização.
Um dos historiadores e pesquisador daquele sítio, Vanderley de Brito, escreveu e já reeditou – com adendos – o livro “A Pedra do Ingá: Itacoatiara da Paraíba”. O livro pode ser encontrado na loja de venda de artesanato em frente da entrada do sítio. O livro apresenta resultados de estudos sobre a Pedra do Ingá e sobre a cultura ameríndia Itacoatiara.
Uma estudiosa da Pedra do Ingá, que procura inclusive levar seus alunos que preparam suas teses ao local, é a arqueóloga, professora Doutora Maria Conceição Soares Meneses Lage, da Universidade Federal do Piaui. Conforme os estudos as escritas teriam sido feitas há cerca de 5 a 7 mil anos, por um povo pré-histórico que viveu na região. A conclusão dessa autoridade no tema deve-se a estudos realizados no entorno do sítio propriamente dito, onde foi possível constatar mais vestígios arqueológicos. Ela avalia que esse povo encontrou todas as condições para viver no local: água, que forneceria também alimentos e frutos.
Na postagem da Wikipédia, constam muitos dados e especulações, entre essas as de ufologistas que imaginaram viagens interplanetárias. Mas também trechos de conclusões de pesquisadores, entre esses do catedrático Pe. Inácio Rolim que viu nas escritas rupestres a mesma origem da escrita Fenícia.
Bom, as conclusões ficam por conta dos estudiosos, mas a sugestão de que a Pedra do Ingá merece uma visita para mais conhecimentos e reflexões sobre o que temos atualmente e o que já existiu, fica por minha conta (Jurema Josefa).
COMO CHEGAR
Saindo de João Pessoa, pela BR230 em direção a Campina Grande, são aproximadamente 100km de distância até o sítio arqueológico. Na estação das chuvas, por vezes o rio encobre a pedra, impedindo a observação.