Tradição gaúcha revivida com aniversário do CTG 35

 

O Centro de Tradições Gaúchas – CTG 35 completou 66 anos de atividades sua patronagem (diretoria, administradores) vem promovendo uma série de atividades para homenagear pessoas e entidades que ao longo desse período vem cultuando ou apoiando o culto das tradições gaúchas e, da mesma forma, envolver associados. A noite de homenagens ocorreu dia 23, antecipando o aniversário que ocorreu em 24 de abril. Depois vieram à churrascada, apresentações artísticas, cavalgadas e tantos outros eventos.

CTG 35

Lema enfatiza a tradição

Essa Entidade Tradicionalista, o CTG 35, foi criado por um grupo de estudantes do famoso Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o Julinho, como era e ainda é chamada essa escola, por onde passaram pessoas de renome em muitas áreas, na Capital gaúcha. Somente um dos fundadores ainda está vivo, o folclorista João Carlos Paixão Cortes, conhecido apenas como Paixão Cortes. Ele, junto com outros colegas se revoltou com o fato de que após a segunda guerra mundial, não serem vistos com bons olhos os costumes gaúchos ou o nacionalismo. Era mais “chique”, isso conforme relatos de Paixão, ser americanizado. A rapaziada então decidiu criar um espaço para falar da cultura gaúcha, da sua importância, da sua música, dança, dos costumes e do respeito às tradições. O resultado é que depois do primeiro – que foi o CTG 35, existem hoje no mundo mais de três mil CTGs. Isso porque um gaúcho chega numa nova região e logo busca fundar um espaço para reviver e divulgar seus costumes. O lema da Patroa (também é o primeiro CTG que tem uma mulher na condução) Márcia Cristina Borges da Silva, é o mesmo de sempre na terra gaúcha: “Em qualquer chão, sempre gaúcho”.

NIlza Lessa, Cadica e Patroa do CTG 35

NIlza Lessa, Cadica e Patroa do CTG 35, Maria Cristina

O CTG 35 já começou com o folclorista Paixão Cortes, e teve na sua condução, ainda, patrões de renome como Nico Fagundes, que com 18 anos dirigiu a entidade, e Rodi Pedro Borghetti, atual presidente da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore – IGTF.

CTG 35

Rodi e Nico Fagundes

Os dois foram na solenidade que antecedeu o aniversário. Paixão Cortes não foi por estar com problemas de saúde, mas mandou avisar. Por sinal, ao tempo em que Rodi assumiu a primeira patronagem, seu filho, o hoje músico renomado mundialmente, Renatinho Borghetti era um piá (menino) que ia para o CTG com sua gaitinha de oito baixos, atraindo a atenção dos mais velhos. Hoje ele roda mundo e reúne multidões para ouvi-lo. Entre os homenageados pelos 66 anos figuraram Nilza Lessa, viúva do grande pesquisador, publicitário escritor e folclorista – um dos fundadores do 35- Barbosa Lessa e a dançarina Cadica, além de autoridades. O CTG 35 fica na Avenida Ipiranga, 5300, bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre.

Site do CTG 35:  http://www.35ctg.com.br/

admin

Jornalista profissional, trabalhou nos principais jornais de Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Prestou assessoria às entidades ABAV, Sindetur, Sindicato de Hotéis no RS e à Confederação das Organizações de Turismo da América Latina (Cotal). Atualmente atua com assessoria de imprensa na Assembleia Legislativa.

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