Bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é ainda mais lindo visto do Pão de Açúcar

O Pão de Açúcar

O Pão de Açúcar

Quando os franceses chegaram na costa do Rio de Janeiro, isso em 1555, cerca de 50 anos depois da chegada dos portugueses, também ficaram deslumbrados com tanta beleza natural. O falso Rio de Janeiro, porque os visitantes achavam que ali era a desembocadura de um rio, quando na verdade era a entrada da Baia da Guanabara – que abrigava ilhas paradisíacas em seu interior, tribos gentís, mas guerreiras e defensoras das suas terras – foi disputado pelos reinados de Portugal e da França. Talvez aqueles povos que navegavam em busca de mais terras e tesouros, já antevendo que aquelas novas plagas, com tanta beleza, fosse nas florestas, montanhas e pedras imensas, viria ser, no futuro, a Cidade Maravilhosa tão amada por tantas pessoas de tantas regiões no mundo conhecido.

Vagão Original do Pão de Açúcar

Vagão Original do Pão de Açúcar

Segunda versão do Bondinho

Segunda versão do Bondinho

Ali nas imediações da praia Vermelha está o Morro Cara-de-Cão, nas proximidades de onde saem os bondinhos para os morros da Urca e Pão de Açúcar, muitas histórias e lutas ocorreram. Foi onde Estácio de Sá com apoio dos índios que habitavam a Ilha do Governador – que acolhe nos dias atuais um dos mais importantes aeroporto do Brasil, o Galeão ou internacional Tom Jobim – armou uma paliçada em 1567 para mandar os franceses de volta para casa. Isso ocorreu bem na entrada da baia, impedindo a chegada de embarcações e, claro, com o incêndio, por flechas incandescentes, das que pretendiam ficar, ou sair. Mas isso tudo é história, coisas de um passado de lutas.

Marina da Glória

Marina da Glória

O que conta, nos dias atuais, naquele trecho da Cidade Maravilhosa, que completa 450 anos, é a fila de visitantes animados que querem ver de cima toda a beleza. Conta, ainda, a surpresa positiva com que cada visitante percorre, olha a retorna ao chão, depois de tanta beleza. Os bondinhos para o Pão de Açúcar começam muito cedo (8h 10min) a levar visitantes ávidos por entender a intrincada geografia da região e, também, a engenhosidade que permitiu ao homem construir aquela estrutura capaz de levar tantos visitantes ao topo daquela imensa pedra.

Antiga máquina de tração do bondinho

Antiga máquina de tração do bondinho

Antigo mecanismo do bondinho

Antigo mecanismo do bondinho

Conforme dados da assessoria de imprensa Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA) – aquele é o primeiro teleférico a existir no Brasil e o terceiro no mundo. É administrado desde sua criação, em 1911, pela mesma família, um produto 100% brasileiro. Quando ficou pronto, em 27 de outubro de 1912, só existiam outros dois: o teleférico de Monte Ulia, construído em 1907 na Espanha, com extensão de 280 metros e o de Wetterhorn, na Suíça, com 560 metros, construído em 1908. O Pão de Açúcar tem uma extensão de 750 metros e 396 metros de altura.

Vista do mirante do Pão de Açúcar

Vista do mirante do Pão de Açúcar

E certamente é aquele que oferece a vista mais deslumbrante de todas: lá de cima a vista é tão ampla e detalhada, que até mesmo os mas céticos se derretem frente a visão: bem ao fundo, o mar; no outro lado o Cristo Redentor, sobre o Corcovado, como que regendo uma cadeia de montanhas, cada qual mais linda que a outra; as praias de Copacabana, a Marina da Glória, a imensidão da baia. Do topo do Pão de Açúcar é possível visualizar, ainda, as praias do Leme, Ipanema, Flamengo, Leblon; Pedra da Gávea, o imponente maciço da Tijuca, a enseada de Botafogo; centro da Cidade; Aeroporto Santos Dumont; Ilha do Governador; Niterói; Ponte Rio- Niterói; e, ao fundo a Serra do Mar, com o pico “Dedo de Deus”. E um detalhe: dependendo do horária a visão modifica, mas sempre para melhor, para mais deslumbre.

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Um dos idealizadores do Bondinho

Sonho de um “sonhador”, o visionário e engenheiro Augusto Ferreira Ramos, daqueles que tem os pés no chão, pois busca conhecimento para concretizar suas ideias “loucas”, mas que mantém a cabeça sempre antenada nas alturas, o complexo foi sendo construído em etapas. Para se ter uma idéia – e isso o visitante deve conferir, no museu que fica lá no topo – alpinistas tiveram que fazer o trajeto colados à pedra, para levar o material morro acima. Algo realmente arrojado, difícil, deslumbrante e inimaginável. O certo é que desde a inauguração até os dias atuais mais de 36 milhões de turistas, entre brasileiros e estrangeiros, foram transportados pelo Bondinho. A assessoria informa que a visitação média diária no Bondinho Pão de Açúcar é de cinco mil pessoas na baixa temporada, chegando a 8 mil na alta temporada. Houve, no entanto, um movimento recorde em 30/12/2012 : 10.767 pessoas em um único dia. Isso já é reconhecimento ao que imaginou aquele complexo. De acordo com uma pesquisa realizada pela agencia Insider em fevereiro de 2015, os turistas nacionais contabilizam 71% e os estrangeiros representam 14% dos frequentadores do parque.

Estação de embarque intermediária

Estação de embarque intermediária

Aeroporto Santos Dumont e Ponte Rio-Niterói

Aeroporto Santos Dumont e Ponte Rio-Niterói

A causa socioambiental está presente na vida da empresa, que hoje é dirigida pela administradora de empresas Maria Ercília Leite de Castro. A empresa foi responsável pelo reflorestamento do costão do Morro da Urca na década de 1980, que deu à vegetação local mais de 20 mil mudas de árvores ornamentais e frutíferas. Em 2013 foi certificada como o primeiro ponto turístico a receber o Rótulo Ecológico ABNT, uma garantia de que o serviço prestado pela empresa tem menor impacto ambiental. No mesmo ano, assinou um termo de responsabilidade para recuperação, manutenção e conservação das áreas verdes do monumento natural dos Morros da Urca e do Pão de Açúcar, uma área total de aproximadamente 30 mil metros quadrados.

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Na subida, vista de dentro do Bondinho

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Estação de embarque na Urca

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Para conhecer o complexo sempre é bom se organizar. Podem ser adquiridos bilhetes pela internet ou no local. Existem descontos para estudantes, crianças e idosos (a partir de 60 anos), mas tudo comprovado com documentação. Confira através do telefone (21) 2546-8400 ou no site www.bondinho.com.br e aproveite a vista.

Pão de açúcar

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Jornalista profissional, trabalhou nos principais jornais de Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Prestou assessoria às entidades ABAV, Sindetur, Sindicato de Hotéis no RS e à Confederação das Organizações de Turismo da América Latina (Cotal). Atualmente atua com assessoria de imprensa na Assembleia Legislativa.

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