Cataratas do Iguaçu tem turismo de muita emoção
É preciso preparar o coração para emoções fortes numa visita às Cataratas do Iguaçu. A beleza, a natureza e a força das águas – que fazem ruídos diferentes, a cada nova atração, ou queda d´água, justificam o investimento num passeio de tamanha grandeza. Por isso, o ideal é que além do coração, também o físico, as pernas, sejam preparadas para as caminhadas, subidas e descidas, muitas vezes em passarelas sobre a água ou abaixo de névoa ou garoa que se forma com as muitas quedas maravilhosas.
Não é por acaso que a cidade de Foz do Iguaçu, no lado brasileiro do rio que faz a divisa do Brasil com a Argentina, é considerada um dos destinos favoritos para viagens, figurando entre as cinco primeiras opções no Brasil. Com infraestrutura adequada para acolher a grande quantidade de visitantes, a cidade paranaense é bem cuidada, ruas limpas, e povo hospitaleiro que sabe receber enxurradas de turistas de todos os recantos do mundo. Afinal, naquele ponto do mapa estão uma das chamadas novas Maravilhas do Planeta – As Cataratas – e a maior Usina Hidrelétrica do mundo em geração de energia – a Itaipu Binacional, outro atrativo de primeira.
Esses atrativos, as Cataratas e a Itaipu Binacional são atrações que “vieram das águas” dos rios Iguaçu no Brasil e Iguazú na Argentina; e do rio Paraná, divisa do Brasil com Paraguai. No ponto, abaixo das cataratas e da Hidrelétrica Binacional, onde o Iguaçu entra no Paraná forma a região das três fronteiras. No caso das cataratas, essas se formam num trecho totalmente protegido do Parque Nacional do Iguaçu, envolvendo as cidades de Foz do Iguaçu e alguns municípios vizinhos, todos do estado do Paraná, e diversos outros da Província de Misiones, na Argentina, num total de 185.263,20 hectares.
O rio Iguaçu que nasce em Curitiba, bem no alto, percorre cerca de 1.100 quilômetros, recebe águas de outros afluentes e vai finalmente descendo com maior rapidez, devido ao desnível que se apresenta. Naquele ponto, as águas buscam as muitas áreas mais baixas, espécies de banhados e se espraiam, até encontrarem barreiras imensas, nas quais essas águas formam as cataratas. Num trecho longo, as várias quedas, de acordo com a descida das montanhas, formam uma paisagem de tirar o fôlego, tal a força, beleza e grandeza. É imprescindível que o visitantes vá os dois lados (brasileiro e argentino, em dias diferentes) para poder ter a noção clara e a emoção completa deste espetáculo realmente ímpar. E, muito importante, em cada lado com um modelo diferente de atendimento, porém sem complicações. A regra básica para o visitante é ter bastante disposição para percorrer todos os trechos.
O Parque Nacional do Iguaçu, fica distante 17 quilômetros do centro da cidade, e a partir da área de administração o visitante é transportado por ônibus do Complexo Cataratas, que levam até o ponto final chamado Porto Canoas, com paradas em atrativos pelo caminho. Deste ponto, um restaurante que avança águas adentro, pode-se visualizar a Garganta do Diabo numa outra perspectiva. O restaurante com o mesmo nome, oferece serviço de qualidade, atuando com um diferencial dos muitos outros pontos de alimentação. Mantém um barco para passeios acima das cataratas, serviço que precisou ser suspenso em julho, devido a enchente.
Os visitantes que fazem essa rota, descem antes do Porto Canoas, na Estação Cataratas e aqui começam as suas emoções, pois descem por escadarias no meio da mata e começam a vislumbrar as primeiras de tantas lindas quedas. São descidas, subidas e algumas chuvas das águas formadas pelas quedas principalmente quando o rio está muito cheio, (caso do mês de julho 2015). Mas conforme informações de guias de turismo locais, como as trilhas ficam dentro da floresta ou as árvores estão logo acima, formam uma barreira e impedem que a névoa formadas pelas quedas sigam adiante. Essas gotas batem no arvoredo, caindo como uma garoa. Por isso, capas de chuva são necessárias nesse trecho e no lado argentino próximo da Garganta do Diabo e no trajeto inferior, uma encosta íngreme de onde se tem uma vista espetacular de muitas quedas água. Um elevador panorâmico, já bem próximo ao Porto Canoas, permite a visualização de uma das cataratas – a parte de baixo da Garganta do Diabo – bem junto às amuradas. É lindo e, ao mesmo tempo, assustador, tal a beleza. Mas tudo com segurança.
A NÉVOA, A LENDA E O AMOR
A visita nas Cataratas também vive de lendas e de história. O parque Nacional do Iguaçu lado brasileiro, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1939. Esse preciosa área (aqui nos dois lados) conta com 272 saltos de maior ou menor dimensão. Nesse trecho de reserva de mata atlântica foram avistadas espécies de borboletas (Iguaçu é o reino das borboletas 88, que adoram seguir e pousar nas roupas coloridas, uma beleza); 45 espécies de mamíferos (onça pintada, entre esses); 12 de anfíbios, 41 de serpentes, 8 de lagartos, 18 de peixes e 200 espécies de aves, a mais comum e querida, a Gralha Picaça. Os dois parques Nacionais (Iguaçu e Iguazú – Brasil e Argentina) foram declarados Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, em 1986.
Mas como surgiram as Cataratas? Conta a lenda que os índios guaranís, habitantes das margens do Iguaçu, acreditavam que eram governados por um deus com forma de serpente, chamado de M’Boy, filho do Deus Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi. A jovem era tão bela que as águas do rio paravam quando os olhos da jovem miravam o rio. O deus M’Boy exigia oferendas para proteger a tribo. Uma vez por ano era necessário oferecer uma donzela em sacrifício. Chegou a vez de Naipi, amada por um jovem guerreiro chamado Tarobá. O casal resolveu vencer a maldição e fugiu numa canoa, no dia da consagração da bela índia. M’ Boy ficou furioso, penetrou então nas entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formaram as gigantescas cataratas. Atingidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, sendo dia após dia fustigada pela força da água em seu frágil corpo. Seu amado virou palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio, na tentativa de avistá-la. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta, sob a Garganta do Diabo onde M’Boy os vigia. Mas nos dias de sol ou a qualquer raio de sol que atravesse as nuvens, um arco-íris surge envolvendo o casal num abraço. Portanto, vivem seu amor, não de forma plena, mas graças ao arco-íris que pode ser visualizado do lado brasileiro e do argentino.
CATARATAS DO IGUAÇU :DICAS, CUIDADOS E O QUE VER
Os cuidados mais importantes que o turista-visitante nos dois parques nacionais precisa ter estão relacionados aos animais e plantas. Nos dois lados, o quati reina soberano, tanto que é o símbolo do local. Ele é que sabe onde vai andar e cabe ao visitante respeitar as suas andanças e não fornecer alimentos. Os bandos de quatis, que são muitos, disputam qualquer migalha que lhes seja ofertada, colocando em risco as pessoas, pois podem brigar e arranhar e até mesmo morder, se se sentirem ameaçados ou porque erram o alvo. Jogar lixo no chão, papéis plásticos ou qualquer outro, e fumar, são ações proibidas como em todos os lugares civilizados. Tem, ainda, os macacos que fazem de tudo para conseguir um boné, uma “lembrancinha” dos descuidados. Mas nenhum desses dois animais atacam as pessoas, apenas é necessário atenção. Até mesmo para não perder uma boa foto. Tucanos, gralhas, quatis e outros animais podem ser vistos nas caminhadas, sem risco algum.
Agências de viagens de Foz do Iguaçu oferecem receptivo aos turistas junto aos hotéis e atendendo pedidos. O ideal é programar as visitas com antecipação. Informações:
http://www.pmfi.pr.gov.br/ , ver turismo;
www.loumarturismo.com.br
http://www.cataratasdoiguacu.com.br/portal/
Alguns vídeos realizados nesta visita: