Barco CISNE BRANCO volta às águas do Rio Guaíba

Adriane Hilbig agradece aos apoiadores

Com prefeito José Fortunati, Adriana agradece apoiadores

Foram oito meses de espera para que o Barco Cisne Branco retomasse seu curso, nas águas do Guaíba, a partir do Cais Mauá, em Porto Alegre. Abalroado pela ventania, uma tempestade, um verdadeiro vendaval, em 29 de janeiro deste 2016, o barco que abriu as águas do Guaíba para o turismo, adernou e precisou de muitos reparos. Volta, agora, repaginado. A inauguração, ou reinauguração – conforme fora anunciada pela diretora Adrine Hilbig, em abril deste ano, depois de ter realizada uma vistoria completa que comprovou os danos por causa do vendaval – ocorreu neste 27 de Setembro, Dia Mundial de Turismo. Representantes de todo o trade turístico estive no Cais Mauá, bem como a imprensa da Capital e Estado, além de autoridades.

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Entre as novidades do Cisne Branco está o aumento da capacidade para 300 passageiros e o banheiro para portadores de necessidades especiais (PNE). O projeto, assinado pelas arquitetas Ágatha Arboitte e Monique Fontes – as madrinhas da reinauguração – tem diretrizes baseadas em modernização e funcionalidade que agregou não só valor estético como também conforto e acessibilidade para os passageiros. O Cisne Branco vem também com novidades no sistema de som e luz, automação comercial, além de muitas outras que deixarão os passeios e atividades a bordo ainda mais interessantes.

Com as madrinhas, após o batismo

Com as Madrinhas

Na sua fala pela apresentação da embarcação, Adriane Hilbig destacou o carinho dos porto-alegrenses e turistas que já haviam feito roteiros no Cisne Branco. Até ela ficou surpresa com tanta atenção. Afinal, o significado do Cisne Branco na historia da cidade, seu valor cultural e sua responsabilidade social nos projetos realizados foram reconhecidos causando uma comoção da população. “O apoio da comunidade, o carinho com que as pessoas trataram o assunto nos davam a força e a certeza de que com 38 anos fazendo parte da história de Porto Alegre, o Barco Cisne Branco não tinha chegado ao fim”. enfatizou.

Fotógrafos atentos

Fotógrafos atentos

Na solenidade de inauguração, com a música da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, foram destacados os trabalhos da Capitânia dos Portos, que esteve presente desde o primeiro momento, e do trabalho do engenheiro naval Ricardo Rinaldi, que atuou no estaleiro da cidade de São Jerônimo, no rio Jacuí. Adriane anunciou que o Cisne Branco estará aberto à visitação do público nos dias 01 e 02 de outubro 2016. Uma programação com passeios está sendo organizada e será surpresa.

Representante da Capitania dos Portos faz saudação

Representante da Capitania dos Portos faz saudação

O prefeito José Fortunati, junto com o secretário-adjunto de Turismo da prefeitura de Porto Alegre, José Peres, destacou a importância do Cisne Branco para a cidade. “Ele tem um papel fundamental no turismo local, não só para o morador da cidade, mas o turista que vem de outros estados e do exterior. Em nome da cidade, agradeço este retorno”, disse. Para o representante da Marinha do Brasil, capitão-de-corveta Cláudio Luiz Estrella Pereira, o retorno do Cisne Branco é uma satisfação muito grande, pois a Capitania dos Portos não economizou esforços para apoiar no salvamento da embarcação “tão importante para a cidade”.

Secretário de Turismo Substituto de Porto Alegre

Secretário de Turismo substituto de Porto Alegre

O Barco Cisne Branco foi um dos projetos de turismo mais arrojados na capital gaúcha, no final da década de 70. Como jornalista da extinta Folha da Tarde, acompanhei as gestões realizadas pelos dirigentes da empresa Orgatur, entre esses o pai de Adriana Hilbig, “seu” Alfonso, junto ao Serviço Municipal de Turismo. Pérsio Pinto, Melchiades Stricker – responsáveis pelo Serviço de Turismo, ouviram a argumentação e trataram de apoiar o lançamento do projeto, pois sabiam da capacidade do que hoje se chamaria de “empreendedor”. Neste tempo, conforme escrevi anos depois, Porto Alegre tinha muita água e pousa visibilidade através ou nestas. Apenas os sócios de clubes náuticos podiam navegar pelo Guaíba. O povo, somente na Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes se amontoava em canoas, barcos, navios, chatas e todo tipo de embarcação.

Imprensa de todo o Estado presente

Imprensa de todo o Estado presente

A empresa de turismo Orgatur foi a responsável por viabilizar a iniciativa, com apoio do Serviço Municipal de Turismo, que viraria depois Epatur e atualmente é Secretaria Municipal de Turismo.

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Plauto Cruz (flauta), Túlio Piva (violão) e Lúcio do Cavaquinho na inauguração do primeiro Cisne Branco

Aqui reproduzo trecho de artigo escrito por mim e publicado no Correio do Povo: “Houve duas inaugurações do barco, que começou a ser construído em 1976. A primeira foi a viagem Porto Alegre – Rio Pardo, em que o então secretário estadual de Turismo, Mário Bernardino Ramos, participou e aprovou. A outra, num dia cálido de março de 1978, teve a bordo a música de Plauto Cruz. O Cisne Branco, por seus idealizadores Gabriel e Alfonso Hilbig, venceu muitas guerrilhas e etapas. Graças a eles, a empresa então localizada na esquina da General Câmara com Andrade Neves, conseguiu “vender” a Capital a turistas que queriam conhecer o Guaíba”. 

BARCO CISNE BRANCO

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