Abrajet/Nacional completa 65 anos de atividades
A trajetória da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo (Abrajet) completa 65 anos de atividades. Constituída no dia 29 de janeiro 1957, a Associação está entrelaçada com o desenvolvimento do turismo brasileiro. A Abrajet começou sua atividade na antiga Capital Federal (Rio de Janeiro), passando a agregar diversas seccionais a partir da década de 80, fruto do trabalho de diversos jornalistas que atuavam no setor, também o turismo brasileiro teve seu começo na Cidade Maravilhosa, chegando nos dias atuais em todos os recantos do Brasil.
Desde sua fundação naquele distante 29 de janeiro, portanto há 65 anos, até o momento, a Abrajet conta com representações sólidas em 17 estados, com 15 Seccionais e dois comitês, acolhendo cerca de 200 associados. São profissionais que atuam em jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, sites, blogues, redes sociais, como Instagram, facebook, YoTube, Tik Tok, assessorias de imprensa de órgãos públicos ou privados. A exemplo do turismo, que na atualidade é produto encontrado em todo o país, apresentado em diversas formas – de aventura, rural, gastronômico, luxo, de lazer, contemplação, de observação de aves, tradicional e outros – também a Mídia diversificou, com uma imensa variedade de veículos ou formas de comunicação. Mas sempre com foco no Turismo, buscando a valorização e defesa do jornalismo de qualidade, respeitando os preceitos da dignidade profissional do jornalista e das fontes.
Nesses 65 anos o turismo no Brasil modificou. No começo, o Rio de Janeiro era o único estado brasileiro que praticamente abocanhava toda a demanda turística. A história demonstra que europeus buscavam o RJ quando faziam viagens à Argentina, esticando a permanência na América Latina. Tanto que muitos desses europeus, e até pessoas de outros países, ainda pensavam que a capital do Brasil fosse Buenos Aires!!
Havia, entretanto, o chamado turismo familiar, com viagens de parentes dos imigrantes italianos e alemães, beneficiando São Paulo e Rio Grande do Sul e também Santa Catarina, devido à forte presença de imigrantes dessas etnias.
Da mesma forma, as redações de jornais dispunham de alguns espaços voltados ao turismo, com alguma prevalência às notícias de roteiros ou destinos europeus, mas com muitas informações de atividades turísticas no Brasil. Prova disso foi a realização, com total apoio e mesmo por iniciativa desses jornalistas, da Semana de Turismo do Rio de Janeiro, em 1954, evento que foi quase um ponta pé inicial para a criação da Abrajet cinco anos depois. Essa Semana visou o desenvolvimento e ampliação do setor de turismo.
Esses visionários, jornalistas que ajudaram a promover A Semana, em 29 de janeiro de 1959 subscreveram a Ata de fundação da Abrajet. São eles: Domingos Amaro da Cunha Brandão, Belfort de Oliveira, Fernando Hupsel de Oliveira, Luiz D.P. Bravo, Aulette de Almeida, Hilda Perez de Medeiros, José Mario Alves da Silva e Oberon Bastos de Oliveira.
Nos dias atuais a Abrajet e suas seccionais são entidades acreditadas perante a sociedade, e estão presentes com assento perante os principais organismos de turismo, desde o Conselho Nacional de Turismo até os Conselhos Estaduais e Municipais e alguns Conselhos do Meio Ambiente ou de Cultura, pois a preocupação da Abrajet com o tema é reconhecido.
Da mesma forma, o turismo no Brasil é diversificado, está presente em todas as regiões. Se no começo e até mesmo a metade do Século passado o turismo na Amazônia e em Foz de Iguaçu era diferenciado, destinos que recebiam principalmente missões de pesquisas, nos dias atuais a situação mudou. Os roteiros para essas regiões ou localidades, figuram nos calendários de turismo de todo o Brasil como resultado da expansão da malha aérea – iniciada pela Varig -Viação Aérea Riograndense – e mantida pelas atuais empresas.
A divulgação dos muitos atrativos, por parte da Mídia especializada da qual a Abrajet faz parte, trouxe mais informações sobre cada região do Brasil, seja os encantos a cultura e atrações do Centro-Oeste, a história e folguedos das muitas festas populares de todo o Brasil, bem como a beleza inquestionável – além de infraestrutura adequada – das praias nordestinas.
Sem dúvida os eventos promovidos em todo o Brasil, e nesse caso vale destacar alguns que despertam grande interesse da mídia, não apenas de turismo, mas em geral, estão o Festuris e Festival de Cinema de Gramado, a Festa da Uva em Caxias do Sul, a Oktoberfest em Blumenau, o Festival das Cataratas (PR) o Carnaval no Rio de Janeiro, Salvador e Recife, entre tantos outros.
De sua parte, a Abrajet realiza congressos anuais – o que não foi possível em 2020 e 2021, devido a pandemia que ainda persiste com novas variantes, tolhendo vidas, prejudicando a saúde de pessoas no mundo todo
. Diante desse fato, também foi autorizado pelo Conselho a manutenção da atual diretoria, liderada por Evandro Novak, até o próximo Congresso. Como a segunda mais antiga instituição que congrega jornalistas em todo o País a Abrajet só perde para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que tem 113 anos. Muitos dos dados colhidos para essa matéria foram tirados do livro *Uma Herança do Jornalismo, *do ex-presidente da Abrajet Nacional, jornalista e escritor Hélcio Estrella.
PRESIDENTES E VICES, DESDE 1957 E LOCAIS DA ELEIÇÃO
Biênio 57/59
Domingos Brandão (RJ
Fernando Hupsel de Oliveira (BA)*
Rio de Janeiro
Biênio 59/61
José Mario Alves da Silva (RJ)
Renato de Oliveira (RJ)
Rio de Janeiro
Biênio 61/63
José Mario Alves das Silva (RJ)
Fernando Hupsel de Oliveira (BA)
Rio de Janeiro
Biênio 63/65
Fernando Hupsel de Oliveira (BA)
Oberon Bastos de Oliveira (RJ)
Rio de Janeiro
Biênio 65/67
Fernando Hupsel de Oliveira (BA)
Ayrton da Costa Paiva (RJ)
Rio de Janeiro
Biênio 67/69
Oberon Bastos de Oliveira (RJ)
Ayrton da Costa Paiva (RJ)
Rio de Janeiro
Biênio 69/71
Oberon Bastos de Oliveira (RJ)
Luiz Olival de Azevedo (RJ)
Rio de Janeiro
1971/1979
Período 1971 e 1978, período mais agudo da ditadura 1964 **
Biênio 79/81
Clorivaldo de Araújo Castro (RJ)***
Dayse Regina Nester (RJ)
Rio de Janeiro
Biênio 82/84
Clorivaldo de Araújo Castro (RJ)
José Mario Pinto da Silva (CE)
Rio de Janeiro
Biênio 84/86
Clorivaldo de Araújo Castro(RJ)
Luiz Alípio de Barros (RJ)****
Rio de Janeiro
Biênio 86/88
Luiz Alípio de Barros (RJ)
Arlindo Porto (AM)
Rio de Janeiro
Biênio 88/90
Paulo Santos Mattos (SP)*****
5 vices : João Carlos de Oliveira (RJ)Augusto Boudoux (PE), Mauro Bento Pires (SC) Edgony Bezerra (CE),José Osório Naves (BSB)
Caxias do Sul (RS)
Biênio 90/92
Carlos Casaes (BA)
5 vIces: Wilson Müller (RS), Antônio Senival Silva (PR) José Anchieta (PI) Antônio Noya (AL) Arthur Resende (GO)
Blumenau (SC)
Biênio 1992/94
Carlos Casaes (BA)
Vices: Não conseguimos apurar
Brasília/DF
Biênio 94/96
Dirceu Ezequiel (RJ)
Vice: não conseguimos apurar
Maceió
Biênio 1996/98
Wilson Müller (RS)
Vice: Não conseguimos apurar
Penedo/Resende/(RJ)
Anuênio 98/99
João Carlos de Oliveira (RJ)
Ricardo Guerra (PE)
Florianópolis (SC)
Anuênio 99/00
Ricardo Guerra (PE)
Roque de Almeida (RJ)
Espírito Santo
Biênio 2000/2002
Júlio Cesar Rodrigues (PR)
Roberto Santana (BA)
Itabuna (BA)
Biênio 2002/04
2002 Claudio Magnavita (RJ)
Arthur Rezende Filho (GO)
Goiânia
Biênio 2004/06
2004 Claudio Magnavita (RJ)
Ricardo Guerra (PE)
Minas Gerais
Biênio 2006/08
Claudio Magnavita (RJ)
Ricardo Guerra (PE)
Mato Grosso
Biênio 2008/10
Claudio Magnavita (RJ)
Ricardo Guerra (PE)
Camboriu/Florianópolis (SC)
Biênio 2010/12
Helcio Estrella (SP)
Claudio Magnavita (RJ)
Angra dos Reis, Rio de Janeiro
Biênio 2012/2014
Helcio Estrella(SP)
Belmiro Gregório (TO)
Imbituba -Santa Catarina
Biênio 2014/16
2014 Miriam Petrone (SP)
Luiz Pires (TO)
João Pessoa, Paraíba
Biênio 2016/18
2016 Miriam Petrone (SP)
Santos/Guarujá – São Paulo
Walmir Grein (SC)
Biênio 2018/2020
Evandro Novak (SC)
Florianópolis (SC)
(*)Fernando Hupsel era baiano, mas atuava no RJ
(**) não houve eleições e atividades, possivelmente como resultado do grave quadro institucional vivido pelo País. Período mais agudo da ditadura que se instalou em 1964 (extraído do livro Abrajet – Uma Herança do Jornalismo (Hélcio Estrela)
(*** )Araújo Castro era baiano, mas atuava no RJ
(****) Luiz Alípio era alagoano, mas atuava na imprensa carioca
(*****) No V Encontro Estadual de Caxias do RS (RS), foi proposto um presidente e 5 vices, o que figurou nesta de Paulo Matos (88/90) e na primeira de Carlos Casaes (90/92). Os vices das gestões 92/94 e 94/96 e 06/98 não conseguimos apurar.