São Miguel do Gostoso – uma vila de pescadores original
Saindo do aeroporto do Rio Grande do Norte, hoje no município de São Gonçalo do Amarante, sugerimos uma viagem até São Miguel do Gostoso, distante 100 km do aeroporto. No caminho, uma passagem pelo início da BR-101, com direito a ver o Farol do Calcanhar.
As melhores opções para chegar a Gostoso são: alugar um carro no aeroporto, ou contratar um transfer pelo site do município (abaixo). De ônibus serão necessários dois transbordos no mínimo.
Saindo do aeroporto e da cidade de São Gonçalo do Amarante, pegar a BR-406, depois RN-064, e a BR-101 até o seu início, quase à beira-mar.
Neste ponto, além de diversas placas indicativas do início da BR-101, pode-se avistar o mar através de um pórtico de concreto. É considerado o ponto onde o continente faz uma curva em direção ao oeste.
Cerca de seiscentos metros mais adiante para a direita, é possível chegar à porteira do Farol do Calcanhar, com aproximadamente 60 metros de altura. Infelizmente não é permitida a entrada na área de marinha, nem visitas ao farol.
Seguindo a viagem, é necessário retornar dois quilômetros para o sul pela mesma BR-101, pegando a RN-221 até São Miguel do Gostoso.
São Miguel do Gostoso criou fama pela grande intensidade do vento principalmente no período da tarde, quando muitos praticantes de windsurfe e kitesurf se reúnem numa praia com uma ponta de areia sólida, chamada de Ponta de Santo Cristo.
Além da ponta, as outras praias se chamam: São Miguel, Cardeiro, Xepa e Maceió, todas elas muito limpas, sem poluição, e com poucos frequentadores. A beleza destas praias é ímpar, e podem ser percorridas caminhando, dado que são próximas e de pequena extensão.
A cidade é bem pequena, tipicamente uma vila de pescadores com casas simples, ruas de terra, e população muito gentil e receptiva. Existem diversas pousadas na região, a maioria de frente para a praia. No centro da cidade, a igreja e uma grande árvore de tamarindo. Os restaurantes vão do padrão mais simples, com pescados e afins, até restaurantes com cardápio à la carte internacional. Fizemos uma ótima refeição no Bar do Tico, na praia da Cardeira. Ambiente simples, à beira-mar, comida saborosa e barata.
Hoje já existem muitos moradores de origem estrangeira morando em Gostoso, alguns com empreendimentos comerciais, portanto não se surpreenda se encontrar pessoas falando inglês, italiano ou outras línguas.
O que mais nos surpreendeu foi a metamorfose que ocorre do dia para a noite. A pacata vila com suas casas de pescadores, que passam os dias em geral sentados em frente à suas casas, se transforma em uma agitada e cosmopolita rua de restaurantes e lojas de venda de artesanato. No dia seguinte, a cidade retorna ao seu ritmo normal.
Ficamos hospedados na Pousada Porto do Trapiá, que tem um paisagismo muito bonito, com inúmeras flores e árvores. Na parte frontal, de frente para a praia, sobre a recepção da Pousada, tem um mirante aberto sob telhado de folhas de coqueiro, onde se pode observar o pôr-do-sol e também a praia. Apesar da boa oferta de hospedagem, é recomendado chegar na cidade com reserva, pois o destino tem grande procura, e facilmente fica sem oferta de leitos.
É possível também conhecer outras praias próximas e de acesso mais difícil como Tourinhos, Galinhos ou Perobas alugando o serviço de buggys na própria vila.