Fortaleza de Santa Teresa – rota histórica e cultural
A Fortaleza de Santa Teresa, no município de Rocha, no Uruguai, é a principal atração histórica do Parque Nacional do mesmo nome, um complexo que além da cultura, propicia lazer e oferece condições plenas para os que apreciam o turismo ecológico. Essa área de três mil hectares, que compreende o prédio histórico, área de mata nativa, praias de mar magníficas, é um dos locais preferidos por uruguaios e brasileiros, entre outros povos.
Distante apenas 38 quilômetros das cidades de Chuy (uruguaia) e Chuí (brasileira), ambas localizadas no extremo mais meridional do Rio Grande do Sul, a Fortaleza é um dos destinos mais procurados por sua história, seu parque, suas praias formosas, observatórios de baleias, de aves e muita, mas muita área própria para acampar. E com cabanas para aqueles que preferem um pouco mais de conforto, porém nos dois casos, em meio á natureza e com total segurança, pois o exército uruguaio administra com competência e cortesia o local.
Para quem vai em condução própria ao Parque Nacional de Santa Teresa, no Uruguai através do Chuy, portanto pelo Rio Grande do Sul, tem muito a ver e curtir em termos de passagens e eventos ambientais. As atrações ecológicas e históricas começam no Banhado do Taim, junto à lagoa da Mangueira e uma parte da Mirim, prossegue pelas terras dos campos neutrais, Santa Vitória do Palmar, adentra pelas praias do Atlântico, a do Hermenegildo e da barra do Chuí e do Chuy (está já no outro lado, cujo acesso se dá pela ponte sobre o Arroio do mesmo nome). Mas pode ser, ainda, pelo centro das duas cidades, nesse caso com o comércio normal e das lojas de freeshop e uma rede diversificada de restaurantes e churrascarias (no lado brasileiro) e parrillas (no lado uruguaio). Para poder circular sem preocupação em termos de segurança no Uruguaio, o correto será fazer a imigração ao entrar no país. Além disso, é indispensável o seguro do veículo, chamado de Carta Verde e a documentação normal, carteira de motorista, identidade ou passaporte.
A viagem para o Parque Nacional e Fortaleza de Santa Teresa é fácil, pela Ruta 9, bem sinalizada e que conta, num dos trechos, até mesmo com uma pista de pouso para aviões, em caso de necessidade. É que a região é agropastoril, com extensas áreas e estâncias de produção de arroz, criação de gado ou equinos de raça. Nesse trecho, à esquerda, muitas praias do Atlântico podem ser visitadas, mas o ideal – para quem dispõem de alguns dias nesse passeio que poderá se estender até Punta Del Este, Montevideo, Colônia ou ainda, retornar ao RS por Jaguarão – é decidir onde se hospedar e depois traçar os roteiros a serem visitados.
A Fortaleza de Santa Teresa no Uruguai
Se o tempo estiver curto, é indispensável visitar a Fortaleza de Santa Teresa e o Fortin de São Miguel, esse no Chuy, exatamente na avenida e arroio que divide Brasil e Uruguai. Essa dica vale para quem vai ao freeshop fazer compras e que pode levar na volta, além das compras, muitas informações e cultura. Essas duas edificações – Fortaleza de Santa Teresa e Fortín San Miguel – são patrimônios culturais e históricos do Uruguai, contam a história das disputas entre espanhóis e portugueses e, em tempos mais recentes, a partir de 1822, entre Brasil e Uruguai. Quando se fala Brasil, é indispensável pensar em gaúchos. Já no caso do Uruguai, se traduz por “orientales”, pois mesmo tendo a adesão de exércitos de outras regiões, as peleias mais comuns, com tomadas das áreas por uma ou outra Nação, os personagens que mais lutaram, foram esses dois. O mais emocionante, é a grandeza da Fortaleza de Santa Teresa em seu esplendor, com a imensa edificação totalmente restaurada e cada sala muito bem ordenada, mostrando hábitos, como vestimenta dos soldados, oficiais no inverno ou verão, alimentação, armas e costumes daqueles que tanto lutaram para garantir uma fronteira. Espaço esse que, nos dias atuais, é irmanado, com hábitos comuns – entre esses o chimarrão ou mate, o assado e os chistes, que são brincadeiras saudáveis, como se pode vivenciar na fronteira pela qual tanto se lutou, nas cidades irmãs de Chui-Chuy.
Construída por portugueses em 1762, a Fortaleza de Santa Teresa tem um formato de um pentágono irregular. Esteve abandonada, durante muitos anos, e sua restauração ocorreu a partir de 1930, por um abnegado historiador, arqueólogo e paisagista chamado Horacio Arredondo.
No Parque de Santa Teresa, os visitantes irão se deparar com espaços específicos: ao norte, o Invernáculo, com espécies de todo o continente; o Sombráculo, com plantas subtropicais e um aquário; e o Rosedal, com suas 300 espécies de rosas. Todos estão localizados na mesa área. A Pajarera é outro lugar emblemático, construída em 1930 para a preservação de espécies em perigo de extinção. Na beira do Oceano Atlântico – que ali esbanjou beleza com baias e praias entre pedreiras – as praias La Moza (lindíssima); Las Achiras (mais calma) e Cerro Chato, El Barco, e Punta Del Barco, mais a Praia Grande, esta já vizinha de Punta Del Diablo (fora da área do Parque). Na área do Parque existe infraestrutura de serviços completa, especialmente para atender os campistas.