Fraiburgo, na Rota da Amizade e do Contestado, recebe jornalistas
A Capital Nacional da Maçã, Fraiburgo, em Santa Catarina, no meio oeste catarinense, sedia o I Fórum de Jornalismo Estados do Sul, promovido pela Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo de SC (Abrajet-SC), sob a coordenação do presidente da entidade, Evandro Novak. O encontro começou nesta quinta-feira, dia 04 de agosto de 2016 e prossegue até domingo, dia 07, no elegante hotel Renar, tradicional estabelecimento hoteleiro que completou em junho último 35 anos de atividades.
Neste I Fórum dos Estados do Sul, participam cerca de 50 profissionais, a maioria dos três estados do Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Parará, além de alguns convidados de outros estados brasileiros, além de autoridades do setor de turismo. O tema em debate será Potencialidade Turística da Região Sul.
Neste contexto, a cidade e região anfitriã têm muito a mostrar a para curtir. Fraiburgo é uma cidade que nasceu a partir da exploração madeireira, pois a região era formada por florestas de araucária e outras árvores nobres, o que atraiu grandes serrarias. Com o declínio dessa atividade, pioneiros iniciaram o cultivo de maças em Santa Catarina, contando atualmente com muitas indústrias que beneficiam o produto.
A cidade é famosa devido aos pomares de maçã e, atualmente, pela diversidade de subprodutos, alguns não provenientes da maçã, mas da natureza: o mel. Com muitas floradas, as abelhas buscam e encontram local adequado na região, junto às macieiras, produzindo mel de excelentes aromas e sabores. Além disso, Fraiburgo, que integra a Rota Turística da Amizade, conta com um clima temperado mais frio, o que atrai muitos visitantes em busca do produto “inverno”, que são as geadas, as baixíssimas temperaturas e os pratos especiais. Entre os produtos das maças de Fraiburgo figuram derivados como sidra, sucos, maças em pó, secas e chás, aperitivos e outros. Mas também uma série de peças artesanais, tendo como tema central a maçã, é feitas e comercializadas na cidade.
A Rota da Amizade em Santa Catarina reúne um conjunto de atrativos e culturas, em um cenário que foi palco de um dos acontecimentos mais sangrentos do Sul País no começo do século XX: a Guerra do Contestado, que teve como palco principal a definição da fronteira entre Paraná e SC, aliada a construção de uma estrada de ferro em terras de moradores tradicionais. Restaram marcas revivendo essa história que foi escrita entre 1912 a 1916 na região, algumas mais evidentes na localidade de Irani e mesmo em Fraiburgo. Na entrada do hotel Renar, numa gruta onde jorra água fresca, fotos de um dos líderes, o caboclo curandeiro e guerreiro, o monge João Maria é atração. Na chegada a Curitibanos, cidade vizinha, um memorial complementa esse quadro.
Mas a Rota da Amizade tem muito mais: Passeio pela estrada de ferro no Alto do Vale do Rio do Peixe, que se estende de São Paulo ao Rio Grande do Sul. Esse passeio de trem passa por Piratuba e ingressa no Rio Grande do Sul – sobre o rio Uruguai, chegando a Marcelino Ramos, unindo duas estâncias termais famosas.
Um amplo vale de Uva e Vinho (Videira), a pequena e simpática cidade de Água Doce (capital de energia eólica) e a austríaca cidade de Treze Tílias, integram esse complexo que será visitado pelos participantes do Fórum.
Visitas aos pomares e passeios de observação da área de floresta. em tratores, chamados Kaingang, passando por riachos da região, também fazem parte da programação turística já consolidada em Fraiburgo. Para o presidente da Abrajet-SC, Evandro Novak, esse encontro servirá, também para prestigiar o estabelecimento hoteleiro que já tem 35 anos de atividades. Junto com a esposa Maely, Novak mantém a empresa de notícias Bom Dia Santa Catarina. Evandro destaca a importância do Renar, lembrando que administração segue padrões estabelecidos por uma filha dos pioneiros (família Frey) fundadores da cidade e do hotel, dona Gerda Frey Ziolkowski.
O hotel, fundado em 1981, no estilo alpino-germânico, num prédio com mais de 10.000 metros quadrados, localizado no alto de um morro coberto por vegetação exuberante e jardins bem cuidados com flores, plantas da região e dos países (Alemanha e França) de onde vieram os antepassados dos fundadores. Um dos pontos fortes do Renar é a culinária, onde muitos pratos são feitos tendo como base a maça ou, ainda, o pinhão, o fruto da araucária.