Connection Terroirs do Brasil apresentou experiências tradicionais da Região das Hortênsias/ Serra Gaúcha e RS

Café Della Nonna

O pão de milho saindo do forno à lenha bem quentinho para a mesa, as geleias e natas para acompanhar já sobre o balcão, onde cucas, biscoitos, salames, paio e outras guloseimas lotam o espaço. Afinal são cerca de 40 itens, isso sem mencionar a variedades das geleias, geralmente uns cinco ou seis sabores.  O gaiteiro que – pela disposição pode fazer um baile sozinho – entoando clássicos da música italiana e do folclore gaúcho e um pouco e MPB. Esse é o clima normal dentro do salão de refeições e arte do Caffé Della Nonna, o legítimo café colonial de Gramado, localizado na Estrada da Linha Bonita, 2490.

 Foi esse cenário que recebeu 130 comunicadores de todo o Brasil ciceroneados pelos CEOs da Rossi & Zorzanello, Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, com a presença do Secretário de Turismo do RS, Ronaldo Santini, que incluíram o Café Colonial como uma das atrações mais gratificantes durante o Connection Terroirs do Brasil, evento realizado com grande sucesso entre os dias 28 a 31 de maio de 2025.

Conhecido também como Café Colonial da Família Foss, pois ali quatro gerações já passaram ou estão atuando, o café é o ponto culminante da jornada do Tour Linha Bonita, de segunda a sábado, com início às 12h, pois é almoço e café da tarde ou café da tarde e janta!. Aos domingos a família descansa que ninguém é de ferro! Mesmo o Nonna Zulmira (esposa de Pedro), mãe, vó, bisa, sogra, cuja energia e animação é contagiante. Inclusive ensinando a dança e coreografia da Bella Polenta, um momento de grande animação e confraternização com a clientela.

  O café colonial oferece uma ampla variedade de pratos da culinária italiana, incluindo salames artesanais, queijos irresistíveis, pães frescos e pães e cucas caseiras, geleias, sagus, polenta brustolada, que fazem a água na boca. Claro que o suco de uva e o vinho fazem parte desse café colonial. No inverno, a abertura é com uma sapinha de capeletti.

Tour em Linha Bonita

O Tour Raízes Coloniais – Linha Bonito é uma viagem fascinante pela zona rural de Gramado, no Rio Grande do Sul, que possibilita ao visitante mergulhar na história das famílias que desempenharam um papel crucial na colonização da majestosa Serra Gaúcha.

O trajeto começa no centro de Gramado, pode ser na frente do hotel ou num ponto combinado, onde o ônibus pegará os passageiros. Mas pode ser, também de carro próprio, pois a Estrada é bem sinalizada e a vista do percurso é magnífica. 

No roteiro tem a Casa Centenária da Família Ferrari: Esta é uma verdadeira relíquia, uma construção que resistiu ao teste do tempo e carrega consigo mais de 120 anos de história. Tem a Ervateira Família Marcon: Neste local, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o processo de produção da erva-mate, um elemento essencial da cultura gaúcha. Aprender a preparar o chimarrão é uma experiência única, e a degustação da bebida revela os segredos do sabor autêntico do sul. Não desanime se não apreciou a bebida, aprecie pela experiência de ver como são os costumes Brasil afora.

Tem ainda o Museu da Família Fioreze: Ali o visitante vê peças, utensílios e tantas coisas que nem imagina para que servem, tal a idade.

Marco Zero de Gramado

O grupo de comunicadores também conheceu o Marco Zero de Gramado, o antigo Bodegão e Açougue e a Capela São José, na mesma rota. O roteiro desenvolvido pela equipe para apresentar os atrativos históricos e de meio ambiente, incluiu uma ida ao Parque Olivas de Gramado, localizado na área rural de Gramado, cuja atividade é voltada ao turismo de experiência.

O caminho até o Olivas de Gramado é uma atração à parte. Plantações, jardins, galpões, igrejas a casas antigas, legados dos imigrantes italianos, alemães e luso-açorianos que povoaram a Região das Hortênsias e patrimônio histórico de Gramado.

Churrascaria  Garfo e Bombacha

A tradição gaúcha na Região das Hortênsias tem, na Churrascaria Garfo e Bombacha, em Canela, o seu retrato. Desde a entrada com o fogo de chão assando uma costela 8h no espeto, a entrada para um salão imenso (mais de 800 lugares), o palco imenso onde a gauchada, o peão, a prenda, o guri, o patrão e a patroa dão as boas-vindas e os grupos musicais que não deixam cair o estilo: É música pra ninguém botar defeito.

O Buffet é para que todo e qualquer visitante aprecie: pode ser vegano, vegetariano ou carnívoro, pois a infinidade de pratos garante muitos pratos diferentes para cada um. O sistema da casa funciona como self-service, onde o freguês vai até o buffet e escolhe o que quer comer para acompanhar o costelão assado por 8 horas. Tem a sopa de capeletti, uma ilha de antepastos com queijos especiais, salame e copa, passando por um farto buffet de saladas, pratos quentes, comidas típicas como o carreteiro, carnes diversas assadas na churrasqueira, polenta frita, lasanha de legumes, de carne, queijos mais, queijo coalho assado entre inúmeras opções para o almoço e na sobremesa fondue de chocolate com frutas da estação e doces típicos da culinária gaúcha como o sagu, o arroz doce e a ambrosia.

E no palco as milongas, a dança do Tatu, a mistura dos folclores riograndense que se adonou dos costumes portugueses, espanhóis, negros, italianos, alemães. E desde criança a gurizada bota fé. Tanto que o pequeno Enzo Gabriel é um dos gaiteiros que demonstra seu talento ao natural, encantando. Não satisfeito o garoto dança a Chula com galhardia.  Só aplausos.

ITALI 150 Anos

Uma das muitas atrações na Alameda Terroirs, exatamente na praça Major Nicoletti, durante o Connection Terroirs do Brasil, no final de maio, foi a exposição fotográfica “ITALI 150 ANOS”, de autoria de Leonid Streliaev, numa homenagem especial aos 150 anos da imigração italiana. O renomado fotógrafo, autor do livro recém-lançado “Nasce Um Novo Rio Grande Do Sul”, levou ao público a exposição de 22 imagens que mostram desde a colheita da uva em Bento Gonçalves até a produção artesanal de capeletti (agnoline), a arquitetura preservada de Antônio Prado, a Casa Italiana de Gramado e outros cenários típicos da gente italiana. “Além da alegria, os italianos trouxeram consigo o desenvolvimento econômico, a gastronomia, a cultura e, lógico, o bom vinho”, destacou Leonid.

Jurema J Silva

Jornalista profissional, trabalhou nos principais jornais de Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Prestou assessoria às entidades ABAV, Sindetur, Sindicato de Hotéis no RS e à Confederação das Organizações de Turismo da América Latina (Cotal). Atualmente atua com assessoria de imprensa na Câmara Municipal de Porto Alegre.

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