Onde ver o peixe-boi-marinho bem de perto? Em Itamaracá no Pernambuco
O projeto peixe-boi do ICMBIO no litoral pernambucano, é uma ação visando proteger e pesquisar sobre a espécie de peixe-boi-marinho, cujo nome científico é Trichechus Manatus, tem obtido ótimos resultados na proteção desta espécie ameaçada de extinção. É o único projeto com foco nesta espécie no Brasil.
Conheça o peixe-boi em Itamaracá
O peixe-boi, que é na verdade um mamífero herbívoro aquático tem três espécies conhecidas no mundo. O peixe-boi-marinho, que é o alvo do parque de mamíferos aquáticos na ilha de Itamaracá – Pernambuco. Outra espécie é o peixe-boi-amazônico, de água doce, existente somente na Amazônia. Ainda uma terceira espécie, o peixe-boi-africano, é encontrado na costa atlântica da África.
O parque fica aberto o ano inteiro, exceto em alguns feriados, e funciona das 9 às 17 horas todos os dias. Há um ingresso de pequeno valor (dez reais), que permite visitar todas as atrações internas do local. No seu interior, três oceanários onde são mantidos peixes-boi-marinhos de diversos tamanhos, permitem a observação dos mesmos, tanto pela superfície da água, como por vigias de vidro na sua parede. Há também um pequeno museu de esqueletos, fotos e apetrechos de caça, além de um cinema onde é apresentado um documentário sobre a vida dos peixes-boi e do golfinho rotator. O cinema tem a forma externa de um gigantesco peixe-boi. Uma pequena loja de souvenirs e uma lancheria completam o local. Escolas podem assistir a palestras educativas, mediante agendamento prévio com a administração do parque.
Lá são readaptados, reabilitados e reproduzidos animais capturados, num projeto que iniciou em 1980 , e hoje cuida desta espécie em perigo de extinção. Os filhotes nascidos no parque são preparados para a reintrodução na natureza. Antigamente os animais eram capturados para alimentação e sua pele era utilizada para fabricação de utensílios de couro.
O peixe-boi marinho pesa em média mais de 500kg, e tem até 4 metros de comprimento, sendo um animal dócil, que come somente plantas e vegetais em geral.
Uma fêmea, hoje com mais de 50 anos, que foi mantida em cativeiro vários anos em um lago no centro de Recife, hoje é a veterana do parque. Nas suas costas, são visíveis cicatrizes devidos à alta exposição ao sol e ao manejo inadequado, ocasionado pela pequena profundidade do lago em que esteve encerrada por mais de 20 anos.
O parque do ICMBIO fica na ilha de Itamaracá perto do Forte Orange.