Connection Terroirs do Brasil de 2025 já tem data: será de 21 a 24 de maio
Encerrou neste sábado (31/08/2024) o Connection Terroirs do Brasil movimentando a Rua Coberta de Gramado e Praça Major Nicoletti, com a presença de expositores de artigos e produtos que têm registro de Indicação Geográfica (IG) de diversas regiões do País, além de uma banca com produtos da agricultura familiar dos municípios de Gramado, Nova Pádua, Bento Gonçalves, Jaquirana e Carlos Barbosa.
O evento que começou no dia 28, realizado pela empresa Rossi & Zorzanello e correalização do Sebrae, contou com palestrantes especialistas no setor de turismo e da área de produção agrícola e cultural, e abriu espaço para a palestra sobre “Gestão de Crise”, por Léo Farah, Capitão da reserva do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, especialista no manejo de desastres ambientais, serviço humanitário e gestão de crises. Ele, que também é escritor, atuou na tragédia de Brumadinho e de Mariana (MG) e veio ao Rio Grande do Sul ajudar como voluntário a salvar vidas. Como o Connection 2024 foi classificado como “resiliente”, nada mais natural do que uma palestra sobre o que impactou setores em geral e, também, o turismo.
Foram apresentados produtos com indicação geográfica (IGs), das regiões Norte (8); Centro Oeste (10); Nordeste (3) Sudeste (7) e Sul (24). Cafés com IG, cuja produção é feita dentro de padrões que respeitam a sustentabilidade o que representa além do manejo adequado do solo a agregação da população do entorno, e vinhos – em especial da região Sul, zona da Serra gaúcha e também catarinense – foram os produtos com maior representatividade. Mas teve novidades como uma empresa de calçados infantis, de Birigui/SP, com Indicação de Procedência (IP); arroz de Palmares; maçã Fugi de São Joaquim e, naturalmente, o chocolate caseiro de Gramado que disputou paladares com os tradicionais doces de Pelotas.
O sucesso dessa 7ª edição do Connection, nascido como Experiencie e, há dois anos Connection Terroirs Brasil, foi assegurado pela resiliência dos organizadores e de cada participante, tanto que a 8ª edição já tem data marcada: de 21 a 24 de maio de 2025. O Brasil possui 116 produtores certificados pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e 51 deles estiveram representados em Gramado.
Nas falas, a esperança e fé no futuro
Pelo palco do Palácio dos Festivais passaram, ainda, personalidades que sabem da sua missão em desbravar, apoiar, buscar resultados nas suas áreas. A começar pelos CEOs do evento, os empresários Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, cujas manifestações foram de agradecimentos pela confiança com que cada um dos que foram se mostrar, à comunidade empresarial de Gramado e Canela que apoiaram, entre esses diversos parques, restaurantes, hotéis; à imprensa que “sempre foi parceira em divulgar o que apresentamos e por isso sempre tivemos especial atenção”. Mas, em especial, os realizadores destacaram a firmeza e competência com que o Sebrae atuou para que o evento fosse realizado, apesar das dificuldades, entre essas a de transporte, visto que o Aeroporto Internacional Salgado Filho ainda está em obras de recuperação após a enchente que ceifou mais de 200 vidas no RS e deixou milhares sem moradia e rodovias e estradas interrompidas.
Além de equipes do Sebrae das cinco regiões do País, acompanhados pela Coordenadora de Negócios de Base Tecnológica e Propriedade Intelectual (PI) Hulda Oliveira Giesbrecht, participaram com intervenções palestrantes como o diretor de Turismo de Portugal no Brasil, Bernardo Cardoso; Gabriela Testa, dirigente da Emetur/ Mendoza (Argentina); Kátia Müller, Gestora dos Programas Pró-Pantanal e Territórios Empreendedores do SEBRAE Mato Grosso do Sul ; Marcos Livi, de São Franscisco de Paula, um dos chefs mais arrojados na busca por selecionar e preparar cardápios que ficam na lembrança dos comensais – levou a culinária do Sul e gaúcha para São Paulo, criou a marca A Ferro e Fogo e abriu os estabelecimentos Veríssimo, Quintana, Brique, Napoli, Central e FFBurguer.
O diretor de projeto do Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Milton Zuanazzi (ex-diretor de Planejamento do Ministério do Turismo) versou sobre “Território, políticas públicas, estratégias de desenvolvimento e inclusão produtiva”.
Num painel com o secretário de Turismo Ronaldo Santini e com a advogada tributarista Norma Martins, versaram sobre estratégias desde a identificação, preparação dos espaços, envolvimento de comunidades (moradores e empresas) e governos, visando o setor de turismo.
Norma Martins, na condição de integrante do Movimento Tributarista do Sul, apresentou um cronograma do que se discute no Congresso Nacional, sobre a reforma tributária, ressaltando que o caminho é prosseguir com a implementação do que tinha sido estabelecido já na Constituição de 1988. “A reforma tributária é importante e necessária. Não há mais condições de convivermos com tantas leias diferentes que nos afastam, em vez de nos unir em torno do bem comum”, destacou com muita convicção. Deixou claro que a reforma tributária, quando totalmente concluída – para depois do ano 2050 – favorecerá futuras gerações.
